O que é "logos"?
- Nadja Nogueira
- 28 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2023

“Logos” (λόγος [loːɣos], em grego), significa ο razão, motivo, causa. Em argumentação, “logos” é uma das três formas distintas de persuasão identificadas por Aristóteles. Significa convencer por meio da "lógica do assunto”.
Como se convence pelo logos?
A retórica fundada em logos é formada por entimemas e provas.
O “entimema” é uma estrutura lógica composta de um grupo de proposições, as quais são aceitas pela maioria dos ouvintes, com o fim de facilitar a compreensão de raciocínios complexos. As proposições que compõem o entimema podem, inclusive, ser conclusões de um determinado entimema ou silogismo anterior, mas apresentado de forma mais sucinta e simples, para que todos os presentes, e não apenas os presentes no debate anterior, consigam compreender o que está sendo exposto.
As “provas” (ou “exemplos”) são as evidências que o orador traria para corroborar com sua tese, como testemunhos ou contratos. Para a nossa realidade atual, podemos ainda incluir conclusões de pesquisas realizadas por especialistas e compilações de dados disponibilizados ao público.
A partir das “provas” e dos “entimemas”, o orador constrói seu argumento.
Quando se trata de temas mais complexos, que envolvem diversos valores sociais ou pessoais, o orador deve ainda demonstrar que um valor é mais ou menos importante/vantajoso que o valor de seu adversário, e apresentar refutação prévia a argumentos contrários.
Como elaborar uma estratégia persuasiva “logos” forte?
Uma boa estratégia para convencer pelo “logos” inclui:
Partir sempre de pressupostos que sejam de conhecimento do público a que se dirige, para que todos possam compreender o que está sendo debatido;
Durante a construção do seu argumento, trazer informações (dados, pesquisas ou testemunhos) que corroboram com o seu ponto de vista e fortaleçam a ideia apresentada;
Apresentar possíveis contra-argumentos ou soluções diversas para o problema debatido e refutá-los, demonstrando os motivos de serem inviáveis/impossíveis (ou menos viáveis) que a proposta que você está explanando.
Para mais dicas como essa, conheça a Arg.
Para aprender mais sobre “logos” sugerimos:
NASCIMENTO, Joelson Santos. A relação entre lógica, pathos e ethos na Arte Retórica de Aristóteles. Anais de Filosofia Clássica, [s. l], v. 9, n. 17, p. 38-60, jun. 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/FilosofiaClassica/article/view/1431 . Acesso em: 30 jul. 2021.
ARISTÓTELES. Retórica. 2. ed. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2005.
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